quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O trabalho de conclusão de curso foi desenvolvido baseado na busca de respostas aos questionamentos que eu tecia a mim mesma para auxiliar na evolução das experiências profissionais que tenho vivenciado em relação à inclusão de alunos em condições de necessidades especiais na educação regular.
Eu tinha dúvidas e não entendia como a inclusão poderia acontecer e ter êxito, visto que desenvolvo atividades profissionais em uma escola de ensino regular e no primeiro ano do ensino fundamental em nove anos, onde as crianças estão em uma faixa etária entre seis e sete anos. Ciente de que devo contribuir na formação de seres autônomos, formando indivíduos capazes de enfrentar os obstáculos e os desafios que a vida lhes impõe, tentei sanar as dúvidas que surgiram buscando subsídios para entender a inclusão na escola regular, abordando temas referentes às necessidades educativas especiais e ou limites intelectuais relacionados a deficiência mental. Também quanto ao como pensar a inclusão em uma turma de alfabetização de uma escola regular.
Busquei como referenciais teóricas informações de autores como FREIRE, Paulo, pois acredito em suas palavras que dizem que: “A educação é o que leva o sujeito a agir em favor da própria libertação. E é através das orientações que recebemos que desenvolvemos e percebemos nossos limites e damos sentido para a vida de modo que o conhecimento adquirido não seja inútil e vazio”. (Revista Escola p.70 – Grandes Pensadores). Outras informações foram de CHALITA, Gabriel o qual ressalta o que dizia o filósofo inglês Herbert Spencer (1820-1903), que “a finalidade da educação é formar seres aptos para governar a si mesmos e não para ser governados pelos outros.” De DURKHEIN, Émile quando cita que segundo KANT, “o fim da educação é desenvolver em cada indivíduo, toda a perfeição de que ele seja capaz”. Quanto a Thums, Jorge quando este, expressa em sua poesia o que entende por ser o que é Viver. De CURY, Augusto Jorge quando destaca que, “Educar é acreditar na vida. É ter esperança. É semear com sabedoria e colher com paciência. Educar é ser um garimpeiro que procura os tesouros do coração”. De MATURANA, Humberto que diz que “a educação é um processo em que a criança e ou adulto convive com o outro, se transforma espontaneamente de maneira que seu modo de viver se faz progressivamente mais congruente com o do outro”. De PIAGET, Jean que ressalta quanto ao desenvolvimento mental que “o desenvolvimento é uma equilibração progressiva, uma passagem contínua de um estado de menor equilíbrio para um estado de equilíbrio superior.” De FIERRO, Alfredo no que trata que “a deficiência mental alude a limitações generalizadas em capacidades ou aptidões da pessoa, relativas a processos básicos de pensamento, de conhecimento e ou/ de aprendizagem”. E que “a deficiência mental refere-se às limitações substanciais no desenvolvimento corrente. Caracteriza-se por um funcionamento intelectual significativamente inferior à média, que ocorre juntamente com limitações associadas em duas ou mais das seguintes áreas de habilidades adaptativas possíveis: comunicação, cuidado pessoal, vida doméstica, habilidades sociais, utilização da comunidade, autogoverno, saúde e segurança, habilidades acadêmicas funcionais, lazer e trabalho”. Também busquei informes de autores de Programa de Educação Inclusiva (MEC), de Acervos Complementares às áreas do conhecimento e Saberes e Práticas da Inclusão (MEC). E de consultas a médicos especialistas e profissionais especializados que atendem algumas destas crianças e em visitas as salas multifuncionais a fim de esclarecer as minhas dúvidas.
Destarte, após as leituras efetuadas, as experiências vivenciadas em sala de aula, e em virtude da aparente deficiência apresentada pelo aluno, busquei informações com seus responsáveis. As entrevistas realizadas com os pais não foram questionamentos específicos, porém, através de diálogo e desabafos destes fui adquirindo conhecimentos em relação à condição de necessidades educativas especiais do menino. Também, realizei diálogos com os especialistas que acompanham o desenvolvimento do aluno A. E assim, com os resultados até então obtidos, verifiquei que é possível à inclusão e a integração em uma classe de alfabetização em uma escola de ensino regular de alunos que apresentam deficiência mental. Todavia, considero muito importante que seja relevado e considerado o grau da deficiência mental apresentada pelo sujeito em questão. Entretanto, o pensar na inclusão é uma ação que exige do professor e dos envolvidos no processo, responsabilidade, habilidade, vontade, cautela, astúcia, empreendimento, destreza, perseverança e coragem. Contudo, o professor necessita de auxílio de um recurso humano diário, colaboração e acompanhamento constante, assistência dos serviços de orientação, supervisão escolar e municipal e ou, de órgãos competentes, assim como do serviço de direção da instituição.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Reconhecimento

Esta semana recebi da Secretaria Municipal de Educação e Cultura reconhecimento pelos trabalhos que realizo em minha escola. O trabalho foi divulgado no site da Prefeitura Municipal ( http://www.gravatai.rs.gov.br/site/noticias.php?id=144398) do dia 03/12/2010 e nos jornais municipais do dia 06/12/2010.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Reflexão EIXO VII e VIII

EIXO VII e VIII
No início do eixo VII, na página inicial do Seminário Integrador VII, nos comentários, há uma mensagem escrita pelo colega Paulo Medeiros. Mensagem que me fez refletir e buscar o foco do tema que pretendi desenvolver no Trabalho de Conclusão de Curso.
Na interdisciplina Didática, Planejamento e Avaliação, no eixo temático 1, o texto “O menininho” de Helen Buckley fez com que eu refletisse muito durante a execução da escrita do trabalho. Nos primeiros comentários recebidos em relação ao trabalho que estava desenvolvendo, lembrei deste texto, e os sentimentos que afloraram foram os mesmos sentidos pelo menino.
E o eixo VIII com o desenvolvimento da prática de estágio levou-me a buscar um tema pertinente a busca de ações educativas para o exercício e elaboração do TCC.
“O menininho”
Helen Buckley

Era uma vez um menininho bastante pequeno que contrastava
com a escola bastante grande.
Quando o menininho descobriu que podia ir à sala
caminhando pela porta da rua, ficou feliz. A escola não parecia tão
grande quanto antes.
Uma manhã a professora disse:
- Hoje nós iremos fazer um desenho.
“Que bom!”, pensou o menininho. Ele gostava de desenhar.
Leões, tigres, galinhas, vacas, trens e barcos... pegou sua caixa de
lápis de cor e começou a desenhar.
- Esperem, ainda não é hora de começar!
Ela esperou até que todos estivessem prontos.
- Agora, nós iremos desenhar flores.
E o menininho começou a desenhar bonitas flores com seus
lápis rosa, laranja e azul.
- Esperem, vou mostrar como fazer.
E a flor era vermelha com o caule verde.
- Assim, disse a professora, agora vocês podem começar.
O menininho olhou para a flor da professora, então olhou para
a sua flor. Gostou mais da sua flor, mas não podia dizer isto... virou
o papel e desenhou uma flor igual a da professora. Era vermelha
com o caule verde.
No outro dia, quando o menininho estava ao ar livre, a
professora disse:
- Hoje nós iremos fazer alguma coisa com o barro.
“Que bom!” pensou o menininho. Ele gostava de trabalhar
com o barro. Podia fazer com ele todos os tipos de coisas: elefantes,
camundongos, carros e caminhões. Começou a juntar e amassar sua
bola de barro.
- Esperem, não é hora de começar!
Ela esperou até que todos estivessem prontos.
- Agora nós iremos fazer um prato.
“Que bom!”, pensou o menininho. Ele gostava de fazer pratos
de todas as formas e tamanhos.
- Esperem, vou mostrar como se faz. Assim... Agora vocês
podem começar.
E o prato era fundo. Um lindo e perfeito prato fundo.
O menininho olhou para o prato da professora, olhou para o
próprio prato e gostava mais do seu, mas ele não podia dizer isso...
amassou seu barro numa grande bola novamente e fez um prato
fundo, igual ao da professora.
E muito cedo o menininho aprendeu a esperar e a olhar e a
fazer as coisas exatamente como a professora. E muito cedo ele não
fazia mais as coisas por si próprio.
Então, aconteceu que o menininho teve que mudar de escola...
Esta escola era ainda maior que a primeira.
Ele tinha que subir grandes escadas até a sua sala...
Um dia a professora disse:
- Hoje nós vamos fazer um desenho.
“Que bom!”, pensou o menininho. E esperou que a professora
dissesse o que fazer. Ela não disse. Apenas andava pela sala.
Quando veio até o menininho falou:
- Você não quer desenhar?
- Sim. O que é que nós vamos fazer?
- Eu não sei, até que você o faça.
-Como eu posso fazer?
- Da maneira que você gostar.
- E de que cor?
- Se todo mundo fizer o mesmo
desenho e usar as mesmas cores, como eu
posso saber qual o desenho de cada um?
- Eu não sei!
E começou a desenhar uma flor vermelha com um caule
verde...

sábado, 27 de novembro de 2010

Contribuições para o TCC

As interdisciplinas do Eixo IV, V e VI contribuíram para a construção do meu Trabalho de Conclusão de Curso.
No Eixo IV, a interdisciplina denominada Representação do mundo pela Matemática contribuiu com os conteúdos abordados na atividade CS2, que tratava sobre Classificação e Seriação. Os estudos me incitaram a classificar e seriar os textos a serem pesquisados e que serviriam para o desenvolvimento da escrita do trabalho.
A interdisciplina, Representação do mundo pelas Ciências Naturais no Módulo 1 que tratava sobre “Concepção de Natureza: relação ser humano e ambiente contribuíu quanto ao ato de refletir e analizar as questões que instigaram o foco do TCC, o qual é a inclusão do deficiente mental na escola regular.
A interdisciplina, Representação do mundo pelos Estudos Sociais na atividade 1, que tratava Memórias e Educação me incitaram ao modo de como podem ser relacionados os conhecimentos prévios, as experiências de vida. O que é importante considerar para a abordagem do conteúdo em questão.
No Enfoque III me levou a compreender a importância do conhecimento sobre as histórias de vida dos educandos para melhor desenvolver o processo de escrita do tema escolhido como foco no TCC.
No Enfoque Temático V, que fez referências as propostas pedagógicas e projetos de aprendizagem me proporcionou o saber quanto a articulação de argumentações teóricas e com as abordagens referidas no trabalho, assim como também, a tecer as considerações finais do TCC.
No eixo V, os temas tratados na interdisciplina Escola, Cultura e Sociedade: uma abordagem sociocultural e antropológica fizeram com que eu refletisse em relação aos pensamentos de Paulo Freire para realizar a escrita e o desenvolvimento do tema abordado.
Entretanto, de todas as interdisciplinas citadas a que mais estimulou e me incitou quanto a abordagem do trabalho foi a que fez referências a Educação de Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais, desenvolvida no Eixo VI e que tratou sobre o histórico de Educação Especial e Inclusão, as políticas públicas, o estudo de caso em especial sobre a deficiência mental.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Pensando as aprendizagens

Ao refletir quanto às aprendizagens por mim vivenciadas durante o Eixo I, quero ressaltar que a interdisciplina ECS – Escola Cultura e Sociedade, no texto: “A educação como processo socializador: função homogeneizadora e função diferenciada”, de Durkheim, Émile; contribuui para o desenvolvimento do Trabalho de Conclusão de Curso. O texto referido me instigou a tecer reflexões quanto à educação como processo de socialização e como se formaram e se desenvolveram os sistemas de educação. E aguçou o meu senso de observação em relação ao desenvolvimento dos alunos, principalmente daquele que apresenta necessidades educativas especiais. A interdisciplina de Educação e Tecnologias da Comunicação e informação contribuiu com as informações referentes à aplicabilidade das diversas ferramentas tecnológicas na educação para a elaboração e construção deste trabalho. Também, a interdisciplina Escola, Projeto Pedagógico e Currículo me auxiliou na trajetória de novos conhecimentos para transpor os desafios ocasionados pela inovação na educação, ou seja, a “Inclusão” de alunos em condição de necessidades educativas especiais na escola regular, que no trabalho foi referendada, especificamente a inclusão do deficiente mental em uma classe de alfabetização.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Refletindo sobre o TCC

Ao iniciar a escrita do Trabalho de Conclusão de Curso me reportei ao Eixo IV. Em primeira instância, a atividade referente à construção de um Plano Individual de Estudos sugerida pelo Seminário Integrador que objetivava a descrição do que pretendía-se “atingir/aprender/melhorar”, e não ao o que faríamos. Objetivos estes, que propusessem ações para que fossem alcançados e identificasse os recursos e estratégias pretendidas a fim de alcançá-los. Também, previsões de prazos estipulados para que o objetivo acontecesse. Não deixando de dar ênfase as evidências para a realização destes. Entretanto, reflexões haviam de ser realizadas quanto às propostas de trabalho, se os objetivos eram claros e realísticos, se descreviam o que estava sendo proposto para aprendê-lo e se haviam outros objetivos a considerar. Também, quanto às estratégias e os recursos se estes eram razoáveis, apropriados e eficientes e se era possível pensar em outros recursos e estratégias. Se as evidências apresentadas, seus critérios e os meios para validá-las eram relevantes e convincentes e se outras evidências poderiam ser sugeridas. E se existiam outras maneiras de validá-las.
E assim, baseada em tal estudo, firmei objetivos para a elaboração do trabalho. Os mesmos reportam a minha preocupação com a grande demanda na escola regular de crianças deficientes mentais e que apresentam desvantagens sociais, incapacidades, limitações e consequentemente necessidades especiais de atendimento para desenvolver suas potencialidades. Apresenta ações propostas a pensar e tentar contribuir com as crianças para desenvolver a construção de novos conhecimentos e superar seus limites intelectuais a fim de entender a inclusão, especificamente, do aluno que apresenta deficiência mental. Destarte, tentando compreender as deficiências apresentadas por alguns alunos pensei em responder durante o desenvolvimento da escrita do trabalho as questões as quais procuro respostas.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Aprendizagens

Postagem referente a semana 4 do mês de outubro. Quanto as eixos IV, V e VI que fazem parte do transcorrer deste curso os que mais aguçaram a minha atenção foram os eixos IV e VI.
No Eixo IV, as leituras propostas me incitaram a aguçar a observação em relação ao desenvolvimento do conhecimento de meus alunos. Percebi e entendi a citação “a linguagem de interpretação e representação do mundo em Matemática, Estudos Sociais, Tecnologias da Informação e Comunicação, Ciências Naturais e Seminário Integrador” que tanto foi ressaltada, pois todas as interdisciplinas apresentaram de modos diferentes as noções de espaço e tempo. Ressaltaram que o dominar das noções de espaço temporal está interligado ao envolvimento dos alunos nas propostas em que os conhecimentos específicos são reconstruídos e mobilizados, e confrontados com a heterogeneidade e diversidade.
Entendi que quando a criança encontra-se no espaço intuitivo ela consegue representar uma seqüência, porém não representa o inverso. Que na fase do espaço operatório são consideradas as ações coordenadas, onde a criança consegue representar o inverso “a ida e a volta”. Que na fase do espaço perceptivo ou da ação a criança consegue identificar o próximo, em cima, embaixo, dentro e fora. E que no espaço intuitivo a criança interioriza as ações e que esta fase ocorre mais ou menos aos 2 anos de idade. E que no que trata a localização espacial são observadas algumas relações como as relações de vizinhança, de ordem espacial, de dentro-fora, e de contínuo. E que a criança quando segue pistas como: entre, perto, dentro, ao lado opera as relações topológicas.
Importante para a minha formação foi quanto ao senso de observação, pois este ficou mais aguçado. Passei a observar pormenores, verificando e identificando fases que não foram vencidas em relação às etapas no espaço-temporal.
E quanto ao eixo VI, a interdisciplina que incitou o meu saber foi a que tratou sobre as necessidades educativas especiais, a qual nos instigou a realizar um estudo de caso e por ventura esclarecer metodologias que podessemos adotar para um bom desenvolvimento das atividades e trabalhos específicos a serem realizados com os alunos que apresentassem tais condições.